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Boas práticas para a medição de cores
A implantação de um controle de qualidade de cores passa pela padronização da preparação e medição das amostras. Em outras palavras os usuários responsáveis pelo controle sempre deverão seguir o mesmo procedimento de preparação e medição da amostra pelo instrumento. Um alto nível de precisão e consistência ao medir a cor de suas amostras é assegurado pelo correto procedimento padrão a ser estabelecido.
1. DIMENSIONAL DA AMOSTRA
Mantenha sempre a mesma condição de espessura e tamanho da amostra. No caso de amostras líquidas, pó ou pastas padronize a mesma quantidade de amostra para cada medição.

2. TEMPERATURA DA AMOSTRA
A temperatura da amostra influencia a cor na grande maioria dos casos, se a amostra é fabricada em temperaturas elevadas, então aguarde até que chegue a temperatura ambiente para então medí-la. Caso tenha necessidade de medir a uma determinada temperatura específica, então meça o padrão nestas mesmas condições.

3. TEMPERATURA AMBIENTE
Sempre que possível faça as medições em temperatura ambiente controlada, em torno de 25ºC.

4. LIMPEZAS: PADRÕES, AMOSTRAS, CALIBRADORES E DISCO DE ABERTURA
A limpeza dos elementos que participam das medições são muito importantes. Tome cuidado com a limpeza do padrão e das amostras, remova eventuais sujidades pois pequenas manchas ou marcas de gordura dos dedos vão influenciar no resultado da medição. Revise periodicamente os calibradores branco, preto e verde, recomendamos passar um pano macio para limpeza. O calibrador preto pode ser desmontado para limpeza interna. Os operadores que utilizam instrumentos com disco de abertura com lamina de vidro devem ter uma atenção grande sobre a limpeza da lamina de vidro na parte interna e externa, manter sempre limpa, eventual sujeira, marcas de dedo ou embaçamento desta lamina irá influenciar de forma significativa o resultado da medição.

5. TRANSLUCIDEZ
Caso a amostra não seja totalmente opaca, ou seja, caso a luz emitida pelo instrumento passe sobre a amostra, então utilize sempre um fundo padrão, uma cerâmica branca por exemplo. Neste caso tome cuidado redobrado com a espessura da amostra a qual deve ser padronizada. E caso a amostra possa ser dobrada, como um tecido, padronize o número de dobras até que a luz do instrumento não passe pela mesma.

6. POSICIONAMENTO DO INSTRUMENTO
Antes de medir a amostra deixe o instrumento nivelado com a mesma para que a luz emitida pelo mesmo não escape pelas laterais ou frestas. Se possível utilize sempre uma superfície plana. Ao realizar a medição garanta que o instrumento esteja em contato com a amostra.

7. MÉDIA
Caso a amostra seja de grande dimensão ou seja necessário aumentar a precisão das medidas em função de diferenças na própria amostra, então faça uma média de 3 a 5 leituras para cada medição.  Em amostras grandes padronize a localização dos pontos de medição.

8. PADRÃO E AMOSTRA IGUAIS
Um ponto muito importante é utilizar como padrão de cor o mesmo material, acabamento e formato que será utilizado para medir as amostras. Isto garante a homogeneidade do material entre padrão e amostra, garantindo que a diferença medida pelo instrumento será relativo apenas a cor. Caso não seja possível utilizar o mesmo material, acabamento e formato, então deve-se ter ciência que o resultado da medição poderá agregar esta diferença nos Deltas, diferença de cor.

9. DOCUMENTAÇÃO
Documente os procedimentos adotados e compartilhe com todos os envolvidos, inclusive  entre clientes ou fornecedores.

Validação do procedimento

Para verificar o procedimento adotado , faça a medição da amostra e armazene como “padrão”, a seguir meça novamente como “amostra”. O ideal é que a diferença de cor (ΔE) entre essas medições seja de no máximo 20% do valor adotado para a tolerância. Caso a variação entre a medição de uma mesma amostra seja maior do que este percentual sobre a tolerância,  então é provável que o procedimento não seja preciso ou consistente.
Variação <20% Tolerância
Variação >20% Tolerância
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